Espectadora de si...

Vc sentia-se estranha nakele dia. Tudo no pekeno mundo ke lhe sustentava a vida parecia ir ruindo pouco a pouco. Na verdade, ñ saberia dizer se era essa a causa dakela sensação de se olhar como se saísse de si. Todos os ruídos da tarde se ouviam, como se nela se tivesse feito o silêncio. Foi então ke a solidão bateu à tua porta. Vc tentou dizer ke ñ estava, apenas porke ñ era o dia ideal para a receber. Como poderia ser, se akela estranheza ñ a largava? Ainda assim... ...rs ela foi-se insinuando. Ñ era de se deixar escorraçar. Entrou e agarrou o gato ke dormia. Pô-lo no colo mas, talvez sentindo o frio ke dela vinha, o bicho fugiu e foi alongar-se junto da janela, na réstia do sol kente do fim de tarde. Vc recusou akela companhia. Ke lhe interessava ouvir kem lhe dizia do silêncio da casa, nakele instante em ke os outros não estavam? Ke lhe interessava deixar entrar na alma akele frio? Pôs música a tocar, recomeçou o livro abandonado, agarrou no telefone. A solidão recuou, como se estrategicamente procurasse só um tempo melhor para se impor. ...rs E vc continuou a ver-se... espectadora de si... Estranha...e olhando-se... Àkele vulto ke lhe parecia diferente do ke via para lá do espelho, percebeu da fragilidade de tudo o ke a envolvia. Da possibilidade de tudo partir, de um momento para o outro, como kualquer vidro. Nem pensou em cristal. Isso seria sonhar-se. Vc via-se claramente como parte de um todo, sem ilusões. E via-se frágil. Então sentiu um bj na face... ...rs Acalme-se... ...Sou eu pousando em teu colinho...! ...rs Marko Davids!